Volkswagen antecipa parada de fábrica em São Bernardo do Campo com licença remunerada

demissão em massaA Volkswagen antecipou em dois dias a parada de produção de fim de ano em sua fábrica em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, concedendo licença remunerada de dois dias a partir desta quinta-feira a cerca de 11 mil trabalhadores, informou o sindicato de metalúrgicos da região.

A concessão de licença remunerada ocorre antes dos trabalhadores entrarem em férias a partir da próxima semana até 5 de janeiro, em um momento em que as vendas de veículos no mercado interno e as exportações do país ainda não conseguiram reverter um quadro de mais de 400 mil veículos novos estocados na indústria.

Segundo a Volkswagen, a licença foi concedida “em razão do atual cenário e com o propósito de adequar os volumes de produção e estoques à previsão das condições de mercado para os próximos meses”.

A companhia afirmou ainda que decidiu pela concessão da licença a todos os empregados horistas e mensalistas “que acompanham a cadeia produtiva da unidade Anchieta”.

A montadora alemã acumula vendas em 2014 até novembro de cerca 515,5 mil automóveis e comerciais leves, segundo dados da associação de montadoras Anfavea. O volume representa uma queda de 15 por cento sobre os 605,4 mil unidades comercializadas no mesmo período de 2013. Enquanto isso, as vendas do segmento como um todo registram queda de 8 por cento no país.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a unidade da Volkswagen em São Bernardo do Campo produziu 90 mil veículos a menos este ano que no ano passado.

Segundo a Volkswagen, os trabalhadores de setores administrativos da fábrica de São Bernardo não terão a licença, mas entrarão em férias coletivas a partir da próxima segunda-feira, voltando junto com os funcionários da produção no início de janeiro.

A parada na fábrica da companhia ocorre em meio a discussões da empresa com representantes sindicais a respeito de um número de funcionários excedentes na unidade de cerca de 2 mil trabalhadores, informou o sindicato.

Na semana passada, os trabalhadores rejeitaram proposta de mudanças em acordo com a companhia que prevê estabilidade de emprego na unidade até 2016.

 

Fonte: Reuters

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