Hora de investir, dizem especialistas

cO crescente interesse de estrangeiros pela Península Ibérica não acontece à toa. Se, por um lado, há a atuação de investidores e pessoas que enxergam oportunidades de valorização num mercado em recuperação, por outro, o estímulo dado pelos governos — ao oferecer vistos de residência a quem comprasse imóveis a partir de €$ 500 mil — deu resultado. Só em Portugal, entre outubro de 2012, quando foi anunciada a criação do chamado Golden Visa, e maio deste ano, foram concedidos 962 vistos do tipo: 82% deles para chineses.

— Os investidores realmente já estão voltando para esses países, o que já fez subir os preços. Na Espanha, como os valores médios já são mais altos, talvez já não esteja mais valendo tanto a pena para brasileiros. Em Portugal, a hora é agora — avalia Marcella Freire, sócia da consultoria Quadratta Realty, que atua no Brasil auxiliando brasileiros a comprar no exterior.

A situação vista hoje nos dois países europeus é similar à que aconteceu nos Estados Unidos. Pouco depois da crise, desencadeada justamente por uma bolha no mercado imobiliário americano, brasileiros correram para comprar imóveis no país. Em Miami, especialmente.

Agora, embora, os EUA venham se recuperando, muitos incorporadores e agentes imobiliários continuam em busca de brasileiros dispostos a investir por lá. No próximo fim de semana, a franquia paulista da Remax, realiza o evento “Flórida home show”, onde serão oferecidos lançamentos de imóveis em Miami e Orlando com preços dos US$ 180 mil (R$ 462 mil) aos US$ 20 milhões (R$ 51,5 milhões).

Boa parte dos imóveis de Miami, aliás, fica na área próxima a Downtown, que vem passando por uma revitalização que inclui urbanismo pensado para os pedestres e prédios de uso misto com lojas no térreo e apartamentos nos andares superiores. Além disso, corretores de Miami e Orlando disponibilizarão ofertas de usados.

— Desde o fim da crise, os preços dos imóveis da Flórida já subiram de 15% a 20%, mas se considerarmos os valores pré-crise, ainda podemos ter uma valorização de até 60%. Então, ainda há espaço para ganhos — garante Felipe Monteiro, responsável pela organização do evento.

Mas a empresa também está atenta ao mercado europeu. Tanto que já organiza evento similar para Portugal, Espanha e Itália. Mas apenas no primeiro trimestre do ano que vem.

Fonte: Caderno Morar Bem (O Globo)

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