Montadoras reforçam aposta no mercado brasileiro

13O Brasil é, hoje, o quarto maior mercado consumidor de automóveis e quinto maior produtor de veículos do mundo. Prova disso são os 150 lançamentos e 500 veículos que serão apresentadas por 41 marcas no Salão Internacional do Automóvel, em São Paulo.

Embora no ano de 2014 a indústria automobilística tenha tido um desempenho modesto no Brasil, o setor vive um dos maiores ciclos de investimento de longo prazo no País.

As seis maiores montadoras estimam que o volume total de produção deva girar em torno de 3,2 a 3,4 milhões de veículos neste ano, pouco abaixo dos 3,7 milhões fabricados no ano passado. Mas a expectativa é de retomada no segundo semestre de 2015.

“Oscilações ocorrem em qualquer mercado, emergente ou não. No médio prazo, o mercado brasileiro tem todos os fundamentos para ser maior do que é. Isso é consenso geral”, afirma Olivier Murguet, presidente da Renault do Brasil.

A montadora francesa trouxe ao salão três lançamentos, incluindo a picape Duster Oroch, concebida no centro de design da marca em São Paulo. E planeja lançar dois novos modelos nos próximos dois anos para atingir a meta de elevar a sua participação de mercado brasileiro dos atuais 7% para 8% em 2016.

“A indústria automobilística é cíclica no mundo inteiro. No Brasil, todo ciclo de crescimento foi sempre superior ao anterior na ordem de 10% a 15% desde os anos 1970”, ressalta Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford para a América do Sul.

A montadora americana investiu R$ 4,5 bilhões desde 2011 para lançar 22 novos carros e picapes no Brasil e na Argentina nos últimos dois anos.

A conta inclui o desenvolvimento da nova Ecosport, o primeiro carro global com design 100% brasileiro, que nasceu no centro de desenvolvimento de Camaçari (BA).

O presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall projeta que, num cenário que considera um pacote de estímulos do governo, a indústria automobilística possa crescer entre 3% e 4% em 2015.

“O país tem alto potencial. É jovem e 40% dos brasileiros não têm condições de comprar um carro hoje”, disse Schmall, justificando o investimento de R$ 10 bilhões anunciado pela marca no Brasil entre 2012 e 2018.

A Fiat, que caminha para o 13º ano seguido de liderança no mercado brasileiro, nunca apostou tanto no país. Os R$ 15 bilhões que serão desembolsados até 2016 bancaram a modernização da fábrica de Betim (MG) e a implantação do polo automotivo Jeep em Goiana (PE), que será inaugurado no primeiro trimestre de 2015.

“O Brasil é o segundo maior mercado do grupo Fiat Chrysler, atrás apenas dos EUA. Os investimentos no Brasil vão fortalecer as marcas Fiat e Jeep” diz Cledorvino Belini, presidente do grupo para América Latina. Ele ainda antecipou o lançamento quatro novos modelos nos próximos dois anos.

A GM segue com o projeto de um novo carro compacto popular para mercados emergentes. Se ganhar sinal verde da matriz americana, a decisão é produzir o modelo no país.

“O Brasil é o terceiro mercado global da GM. Entre 2014 e 2018, investiremos de R$ 6,5 bilhões de reais na renovação e desenvolvimento de veículos e no uso de combustíveis”, afirma o presidente mundial da marca, Dan Ammann.

A Hyundai, que fecha o grupo das seis maiores montadoras no país, aproveitou o Salão do Automóvel 2014 para comemorar a marca de 300 mil unidades vendidas em dois anos do HB20, modelo feito especialmente para o mercado brasileiro. O carro é montado na fábrica de Piracicaba, inaugurada em novembro de 2012 ao custo de R$ 1,5 bilhão.

“O Brasil vai continuar sendo muito importante na estratégia de crescimento global da marca”, ressalta Willian Lee, presidente da Hyundai no Brasil.

Fonte: Agência Caixa de Notícias

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