Bovespa se recupera e abre em alta

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Em linha com o movimento de recuperação observado nos negócios locais com dólar e juros futuros, que hoje devolvem parte da alta da véspera, a Bovespa abriu o pregão desta terça-feira, 28, no terreno positivo, em uma tentativa de apagar as perdas de segunda-feira, 27, quando encerrou no menor nível desde abril deste ano sob efeito da reeleição de Dilma Rousseff (PT).

Enquanto, internamente, as atenções dos investidores recaem na definição dos nomes que formarão a equipe econômica no segundo mandato do governo reeleito, no exterior, as expectativas estão na reunião de política monetária do Federal Reserve, que começa hoje e termina na quarta-feira, 29.

Às 10h35, o Ibovespa subia 2,22%, aos 51.625,21 pontos, não muito distante da pontuação máxima do dia, aos 51.840 pontos (+2,65%). Os ganhos eram conduzidos pelas ações do chamado “kit eleição”, com o ranking de maiores ocupado, entre outros papéis, por Petrobras PN (+3,99%). Na outra ponta, as perdas eram encabeçadas por Fibria ON (-3,42%).

Sobre a estatal petrolífera, é grande a expectativa entre os investidores quanto às especulações sobre um possível anúncio, em breve, de reajuste dos preços dos combustíveis. Fonte do governo ouvida pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, afirma que a medida viria para “acalmar” o mercado financeiro. A ideia, em uma só tacada, é aplacar o mau humor dos agentes financeiros e atender às necessidades de recomposição de caixa da Petrobras. O Palácio do Planalto ainda não bateu o martelo sobre o “timing” do aumento de preço, mas, o tema estará na pauta da reunião do Conselho de Administração da companhia, na sexta-feira, 31.

Também chama a atenção nas mesas de operações de renda variável a posição comprada dos investidores estrangeiros em Ibovespa futuro, que alcançou ontem no maior nível do ano, com mais de 100 mil contratos em aberto nesta estratégia. Conforme operadores, os “gringos” aproveitaram a onda vendedora (“sell off”) da Bolsa brasileira ontem para ampliar a aposta na alta em Ibovespa, no mercado futuro, para 109.059 contratos em aberto. “Os estrangeiros acreditam que a Bolsa já estava próxima do piso e aproveitaram o ‘sell off’ de ontem para retornar as compras”, explica um profissional ouvido pelo Broadcast.

Já em Nova York, os índices futuros das bolsas apontam para uma sessão de valorização, neste primeiro dia do encontro do Fed e em meio à divulgação de uma série de indicadores econômicos norte-americanos. Há pouco, foi informado que as encomendas de bens duráveis caíram 1,3% em setembro ante agosto, contrariando a previsão de alta de 0,7%. No horário acima, no mercado futuro, o S&P 500 subia 0,28% e o Dow Jones crescia 0,27%. Já no mercado de bônus, o juro da T-note de 10 anos estava em 2,263%, de 2,256% no fim da tarde de ontem.

Enquanto no exterior o foco está na decisão de política monetária do Fed, que deve encerrar neste mês seu programa de recompra de ativos, as atenções dos mercados domésticos estão concentradas na definição de quem comandará o Ministério da Fazenda. Nomes como o do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e do ex-secretário executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, avolumam a lista que pode ser apreciada pela presidente reeleita.

Em entrevistas concedidas ontem à noite, porém, Dilma evitou falar de quem ocupará o novo governo. Em contrapartida, ela afirmou que vai anunciar até o fim do ano medidas para transformar e melhorar o crescimento econômico, dando início às reformas necessárias ao País já em novembro, além do combate à corrupção.

Fonte: BOL

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