Mansão mais cara e maior cobertura do país seguem à venda no Rio: uma a R$ 220 mi, outra a R$ 59 mi

A casa mais cara do país continua à venda no Leblon, na Zona Sul do Rio, por R$ 220 milhões. Além do preço, o imóvel acumula outros superlativos: é um dos maiores, mais bem localizados e mais valorizados do país. A mansão fica no Jardim Pernambuco, um condomínio que mais parece um sub bairro do Leblon, cheio de exclusividades e muita segurança — ponto-chave para quem vive na cidade. Ela não está anunciada, mas desde 2019 aguarda por ofertas de compra.

A construção é de 1986 feita em estilo inglês, com seis suítes, 18 banheiros, 15 vagas de garagem, salas de estar, jantar, música e reunião, biblioteca, sauna, área de lazer com churrasqueira e piscina semiolímpica. Para manter a limpeza dos 4 mil metros quadrados em dia, a mansão conta com um sistema europeu de aspiração de pó fixado ao rodapé.

— Essa casa tem 24 vezes o tamanho médio dos terrenos no condomínio, que costumam ter 500 metros. É quase como ter uma chácara no Leblon, um privilégio gigantesco. Dá até para fazer um empreendimento imobiliário ali, de tão grande. São vários aspectos que fazem a mansão ter este preço, como a localização, o tamanho, a segurança e manutenção patrimonial que oferece para o comprador que investir. Sem falar no posicionamento no alto, que proporciona um efeito óptico e vista para o Cristo Redentor, a praia do Leblon e as Ilhas Cagarras — avalia Paulo Cezar Ximenes, diretor da Sérgio Castro Ouro, imobiliária especializada em imóveis de altíssimo luxo que está responsável pela venda da mansão.

A casa funciona em dois andares e o terceiro um sótão. Toda em madeira, tem um elevador que fica em um dos três rolls sociais, além de uma galeria com pé direito duplo de quase 7 metros de altura. No jardim com projeto paisagístico de Burle Marx, há o único heliponto particular do Rio homologado até 2032 pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Do lado de fora, o portão de ferro verde-escuro acompanha a altura de quase dez metros de um muro e muitas árvores nativas de Mata Atlântica que separam a propriedade da Rua Embaixador Graça Aranha. Longe da vista de quem passa em frente, o palacete de 2,5 mil metros quadrados fica em um terreno quase quatro vezes maior. Tudo é bem protegido. O condomínio, a cinco minutos a pé da praia, tem câmeras de segurança em todas as ruas, vigilância 24 horas e cancelas. Serviços de limpeza e manutenção são particulares.

Maior cobertura do país por R$ 59 milhões

Mais “modesta” no preço, mas não no tamanho, a maior cobertura do Brasil, do edifício Tucumã, no Flamengo, também segue à venda: são 3.900 metros, três andares e arquitetura clássica por R$ 59 milhões.

Vista aérea. Em registro de drone, o terraço da cobertura na Praia do Flamengo, ocupada pela família Guinle a partir de 1941: área com piscina, sauna e jardim com gramado e árvores frutíferas — Foto: Roberto Moreyra/Agência O Globo

Os andares do interminável apartamento são interligados por uma escada em forma de caracol, de mármore trazido da Europa, assim como o revestimento travertino (um tipo de mármore) das colunas na portaria do edifício. Lá no alto, o luxo espalha-se por cinco quartos, ambiente com pé-direito de 5,20 metros, salas de jantar, de estar e de jogos, além de piscina, duas saunas, jardim suspenso com árvores frutíferas, bar e adega.

— Praticamente tudo que está ali veio da Europa: as estátuas, mudas de planta, todo o mármore da casa. Eu lembro da torneira dourada do lavabo, que tinha uma ave lindíssima desenhada. A cuba era toda de latão martelado à mão — conta Carlos, sem disfarçar a saudade da bagunça que fazia: — Descia a escada escorregando de pijama até lá embaixo. Meu pai ficava desesperado.

Personalidades como Frank Sinatra frequentaram cobertura à venda por R$ 59 milhões no Flamengo — Foto: Divulgação/Reprodução

Festas black tie eram frequentes na cobertura, que tem elevador e garagem privativos. Jorginho recebeu celebridades nacionais e estrangeiras em seus salões — chegou a hospedar o beatle George Harrison, em passagem pelo Rio.

— Era meio hipnótico sentar e conversar com ele. Meu tio era um poço de cultura sobre arte, música. Na década de 40 ele promovia jam sessions por lá, reunia amigos para ouvir um som e beber. Meu avô era muito amigo do (cantor e compositor) Dorival Caymmi, eles fizeram algumas parcerias nesses encontros. “Sábado em Copacabana” foi uma delas — rememora o neto orgulhoso.

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