Com base no resultado de outubro, o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp estima que o setor terminará 2016 com uma retração de 9%.
No quarto trimestre encerrado em outubro o desempenho da indústria de transformação do Estado de São Paulo manteve-se em baixa informou nesta terça-feira (29) o Indicador de Nível de Atividade (INA), coletado pelo Levantamento de Conjuntura da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp).
Na comparação com o mês de setembro, o indicador apontou queda na retração ao passar de 2,3% para 0,9%. Em 12 meses, houve queda de 9,6%, resultados esses baseados em pesquisa realizada com 450 empresas.
A pesquisa da Fieso apontou ainda que o desaquecimento no mercado continua influenciando na produção. As vendas reais das indústrias de São Paulo caíram 1,9% e as horas trabalhadas, tiveram redução de 1%. Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) cresceu 0,2 ponto percentual no quarto trimestre, segundo o INA.
Setores
Embora na média o resultado do INA tenha sido de baixa para o quarto trimestre, algumas empresas pesquisas revelaram melhora em seu desempenho. Um dos segmentos que apresentou crescimento frente a um mercado recessivo foi ofarmacêutico, que teve alta de 0,6%, resultado do aumento de 1,7% nas vendas reais e queda de 2,5% nas horas trabalhadas.
Já no setor da indústria química de São Paulo, a atividade foi 1,2% acima da registrada em setembro com uma demanda do mercado em alta de 2,1% e recuo de 0,2% nas horas trabalhadas.
Entre os segmentos com piora no quarto trimestre, o destaque vai para os minerais não metálicos com retração de 2,1% no período analisado. O segmento apresentou ainda redução de 3% nas vendas reais e de 3,5% nas horas trabalhadas.
Com base no resultado de outubro, o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp estima que o setor terminará 2016 com uma retração de 9% na comparação com 2015. Em nota oficial , o gerente do Depencon, Guilherme Moreira, classificou de “muito ruim” a condição da indústria paulista. Na opinião de Moreira, com esse resultado “esfria a expectativa de uma recuperação no final do ano”.
Fonte: iG